Dentro da realidade atual, que é multiplataforma, o jornalismo tem feito experiências com várias novidades tecnológicas, que trazem benefícios no processo de obtenção da notícia.
Nesse contexto, o drone surge como uma grande e polêmica novidade, sendo um dos aparatos mais recentes com utilização voltada a coberturas jornalísticas que exigem mais cuidados e estrutura (como manifestações, por exemplo). Tamanha união e parceria entre a atividade jornalística e sua mais nova ferramenta até deu origem a um inusitado termo: dronalismo.
O fato é que os drones alcançam locais aonde os olhos humanos geralmente não chegam, portanto, reside aí o seu maior diferencial jornalístico. Além disso, o uso desses equipamentos evita a inserção de jornalistas em locais de risco (como guerras e desastres naturais, por exemplo). Além de ganhar novos ângulos para ilustrar a notícia, o uso do drone permite que o repórter não se sujeite a um risco maior do que o necessário durante sua atividade profissional. Atualmente são várias as organizações jornalísticas que decidiram experimentar os benefícios de ter um Vant (Veículo Aéreo Não Tripulado). Essa popularização do uso de drones está trazendo à tona dois debates primordiais: o primeiro com relação à ética, suscitando a forma correta de utilização por meio dos veículos de comunicação, e o segundo relembrando os cuidados necessários com a segurança no manuseio dessa ferramenta, que requer curso específico a fim de evitar prejuízos e acidentes. Grandes veículos de imprensa já começaram a colocar em prática o uso de drones e, para isso, precisam tomar certos cuidados. Além das questões acerca da prática jornalística em si, é importante que o profissional de imprensa que for operar o aparelho esteja habilitado para isso. Portanto, ele precisará ter passado por uma capacitação em uso de drones.
Os cursos geralmente preveem carga horária dividida em teoria e prática passando por tópicos como esses: normas da ANAC (como operar dentro da lei), seguro obrigatório para drones, locais onde voar (e onde não voar), como configurar a câmera e o drone, modos de voo (focando na segurança de voo) e check-up pré-decolagem. A capacitação do jornalista na utilização de drones garante uma maior profissionalização do jornalismo e evita acidentes que comprometem a integridade física da população em geral, além de muitos prejuízos financeiros, já que um aparelho desses não possui um investimento baixo.
Submeter as pessoas a riscos durante coberturas jornalísticas afeta inclusive a credibilidade da imprensa ao tentar se posicionar como utilizadora de drones. O que tem se visto na mídia brasileira é que muita vezes o drone aparece mais como atração do que propriamente como uma ferramenta de reportagem. Essa tendência jornalística, que parece não ter volta, deu origem até a um grupo intitulado Sociedade de Jornalistas Profissionais-Drone, que ajuda a definir parâmetros para uma conduta segura com base nos critérios de noticiabilidade, ética, respeito às leis de aviação civil e políticas de uso de Vant em locais públicos.
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